Por tudo o que convosco aprendi.
Sei que nunca nos despedimos do que soubemos amar!
A vós e a todos os outros que aqui não estão as folhas deste meu "caderno de campo".
Ao Alentejo que será sempre o lugar que me acolheu e que viu nascer a minha filha!
Quem me dera poder visitar hoje os meus lugares sagrados: o Pêgo do Altar; Santana do Campo, onde a Igreja se sobrepõe ao templo pagão, a Igreja da Represa, perto da barragem romana que lhe deu o nome; a Anta cristianizada de S. Brissos e a igreja do Carmo,na Azaruja, onde um dia uma senhora chamada Estefânia orou pela criança que ia cuidar: a minha. Sim aí quero voltar.
Mas voltarei, sim, espero ainda voltar um dia, ao Alentejo dos montes e dos lugares de crença, quase que em romaria e, aí, demorar-me-ei onde tiver que me reter...
Esse Alentejo onde ainda se comem os restos do Borrego, junto à água, em dias de Pascolela, fazendo-se libações até ao sol pôr.
Assam-se silarcas e cantam-se modas aquecidas com vinho acre.
E onde há sítios que ainda me fazem repousar, porque, no seu silêncio, me consigo ainda ouvir os sussurros do Infinito.
Quem me dera a Graça do Divor, mas contigo pela mão, pois dela não me fui capaz de me separar.
Até lá, continuo a guardar esses lugares num sítio mágico do meu ser, esperando que os possa visitar numa nova viagem, como no conto em que acreditei.
Belo e com um bom final ...