Sisenando
Arquivo de Beja
«A elegante, a
autorisada Inscripção que se lê na Praça de S. Tiago de Cassem, a qual passou à
antiga Merobriga, dedicada a Esculapio em memoria de C. Attio Januario de
Pax-Julia conserva o Nome do Presidente dos quinquatrios em lingoa Céltica.»
Pag. 437-438
S.
Tiago do Cacem. Vida de Sisenando.
Refira-se que esta inscrição é, de facto conhecida, tratando-se de um medicus pacensis: verosimilmente, Gaio Átio
Januário, que deixou dinheiro para que se pudessem efectuar os quinquatrus ou jogos no circo.
Contudo, no que diz
respeito a Miróbriga, se analisados caso a caso os argumentos que justificaram
a designação de «santuário Campestre Romano» , todos parecem controversos, pois
não há indícios de prática de incubatio , nem de compartimentos para o efeito, nem tão pouco da
existência de oferendas ou ex-votos que comprovem essas práticas ou mesmo de
águas termais ou salútiferas.
•Muito possivelmente esta grande ara, colocada na
Misericórdia de Santiago do Cacém no Século XVI, poderia estar localizada
noutro local que não o templo centralizado do Forum,
designadamente no hipódromo onde se realizariam os jogos.
•Podemos admitir que, em Miróbriga, Esculápio, pelas suas
características médico-terapêuticas, e
se bem que não sendo nomeado com o
atributo de Augusto, possa ter funcionado como um dos guardiães da Salus Augusta e associar o seu culto e dos ludi dedicados em sua honra à pessoa do imperador.
•A associação entre esta divindade e a referida virtude - Salus Augusta - já havia
sido proposta por José Cardim Ribeiro. Essa relação torna-se inequívoca
na estátua descoberta no interior
de umas termas romanas no Monte da Salsa, Brinches, Serpa, onde sobre o corpo
representando Aesculapius foi colocada
a cabeça-retrato de uma personagem identificada com o imperador Adriano. O hipódromo e
o anfiteatro eram fundamentais ao desenrolar das sacra Augustalia que contemplavam obrigatoriamente a existência de ludi. Os locais de espectáculo - hipódromos,
anfiteatros e teatros -
tornaram-se, pois, fundamentais ao desenvolvimento dos cultos oficiais e dos
circuitos litúrgicos de exaltação imperial
.
Esta inscrição foi objeto de estudo e publicação por José d'Encarnação.
«Na vida de S.
Sizenando, manuscripto da bibliotheca de Évora, Cenaculo escreve de varias
antiguidades do Alentejo meridional; não encontrei porém menção aos logares
fortificados de Castro Verde e Colla. O manuscrito é de 1800. Marca dois sitios
onde se descobriram antiguidades notaveis, um na ribeira do Roxo, e outro ainda
mais notavel na herdade do Raco, freguezia do Cercal, a 2 leguas de Villa Nova
de Mil-fontes. Aqui appareceram muitas sepulturas que pela descripção parecem
de cists, e em algumas se encontraram objectos de ouro (ornamentos), vidro e
barro lavrado.»
Pag. 127
Várias
antiguidades do Algarve e Alentejo.
Cenáculo falando
de Alvalade, Villa-Nova-de-mil-fontes, refere o seguinte:
««…. todo o
litoral d`aquelle contorno da minha diocese offerece antiguidade de mui velha
data, e posso proferir que aquelles sítios dão aso para se reputarem cheios de
povoações antiquissimas». (Pag. 99-100).
Antiguidades
romanas do Roxo (S. Tiago do Cacem)
«Ora Oxthracas
he discretamente situada pelo bem advertido geografo João Lopes no sitio de
Alvalade Povoação hoje que fica no solido Triangulo Cuneo ou perto della. Com
effeito no Roxo, huma legoa distante de Alvalade tem-se descuberto
antiguidades, e pouco ha que alli observei o descubrimento de hum lagar onde se
acharão bagulhos resequidos de uvas, medalhas, e lanternas sepulcraes; e mais
achara quem mais ocio e melhores casualidades tiver. Persuado-me que neste
sitio do Roxo distante de Alvalade huma piquena legoa estava situada Oxthracas;
pois he sitio cheio de paredes antigas tanto da parte da Poente alem da Ribeira
de S. Romão, como da parte oriental. Segundo as campanhas que descreve Appiano
fica mais natural o sitio do Roxo para ser Oxthracas do que Villa nova de mil
fontes na extremidade e distancia de doze legoas; com tudo como a mania de
guerriar, e roubar era feróz dava pernas e forças para vencer toda e qualquer
distancia: aonde fazia conta para ahi se levavão os usupadores.»
Pag. 240.
«he sitio cheio de paredes antigas, tanto da
parte do Poente alem da Ribeira de S. Romão, como da parte oriental».
(Sisenando, pap. 98).
«Tres» (lucernas
de barro) «achadas na mesma sepultura (i. é, numa mesma sepultura), «e huma
d`ellas grega, acabada de enviar-me o capitão Francisco José Agoas, as quaes
descobriu juntas em huma sepultura da sua herdade do Roxo…., onde tem
apparecido bastantes antiguidades com que elle tem querido aumentar este Museu
Sacro-Profano» (O Museu episcopal de Beja). (pag. 136-137).
“A grande copia
de ostras das mais perfeitas em sabor e grandeza parece dicidir por esta
sentença visto o significado daquella palavra tanto na lingoa Celtica como na
grega. O diligente Geografo João Lopes na ultima carta que publicou da
Lusitania antiga colloca a referida Cidade Oxthracas no campo de Alvalade e
Roxo também desta Diecese, e me inclinei a este parecer, porque havendo
naquelles sitios abundancia de grâm, tambem Oxthracas se pode applicar aos
lugares desta produção purpuraria. De haverem
elles sido estação de grandes povoações decidem os restos antigos de paredes,
medalhas, lanternas sepulcraes, e de coisas semilhantes ali descubertas; nem
parece fóra de lugar a especie de ser o sitio do Roxo a antiga Oxthracas
derivado da purpura ficando-lhe vesinha a outra antiquissima Povoação no sitio
de Alvalade que os antigos nomearão Aranni ou Arandis donde se tem recolhido alguns
restos de maior antiguidade particularmente na Amendôa junto á Villa de
Alvalade.”
Por D. Frei Manuel
do Cenáculo Villas-Boas, Sisenando Mártir e Beja sua Pátria, Arquivo de Beja,
p. 426.
“Quanto à de Pontail não parece nome de Olaria, e
tanto mais que em hum mesmo lugar se achão muitas alampadas de diversas
Inscripçoes. Tres achadas na mesma sepultura, e huma dellas grega acaba de
enviar-me o Capitão Francisco José Agoas as quaes descobrio juntas em hum
sepulcro da sua Erdade do Roxo antiga Oxthracas, onde tem apparecido bastantes
antiguidades com que elle tem querido augmentar este Museo Sacro Profano. ”
Por D. Frei Manuel
do Cenáculo Villas-Boas, Sisenando Mártir e Beja sua Pátria, Arquivo de Beja, p.
439.
“(…) pela conta do Itinerário de Antonino
aonde fazem as oito legoas na estrada que vinha de Arannis hoje Alvalade para
Rarapia.”
Por D. Frei Manuel
do Cenáculo Villas-Boas, Sisenando Mártir e Beja sua Pátria, Arquivo de Beja,
p. 438.
D. Fr. Manoel do Cenáculo no seu
manuscrito com o titulo «Sisenco mártir e
Beja sua pátria, MDCCC», refere o seguinte texto que tentámos traduzir:
“Numa sepultura na herdade do Raco (…),
identificou-se o símbolo da eternidade, figurada na serpente circular de
bronze, ajustando não a cauda e cabeça, mas sim duas cabeças, porque em vez da
cauda repete segunda cabeça, como sem fim. O ósculo nesta curva é nas cabeças,
tendo princípio sempre, e nunca remata, o que mais simboliza a eternidade (…).
Pela prospecção que fiz no espaço de mais de três horas (…), pareceu-me ser da
mais remota antiguidade. Numa área muito dispersa encontra-se por quase toda
ela, um avultado número de sepulturas, sendo especiais as mais próximas a uma
grande nascente de água corrente. Fiz abrir mais de dez sepulturas: todas elas
de uma simplicidade notável. Os topos e lados do esqueleto das sepulturas
estavam forrados a terra de lajes toscas, e as coberturas são de lajes
semelhantes, das quais as maiores que medi têm seis palmos de comprido, e três
de largo: as outras são pequenas, e nenhumas delas afeiçoadas, nem cortadas,
são pedaços mal juntos, nenhum artifício, nem uma letra. Raro osso aparece,
porque os corpos estão absolutamente gastos, creio que tanto pela humidade,
como pelo tempo dilatado. Achei misturados na terra das sepulturas vasos de
vidro quebrados, e inteiros, e podem ser fiolas lagrimatorias, identificou-se
ainda ferramenta de serralharia, e ferraria quase a desfazer-se.
Identificaram-se púcaros, tigelas, e bandejas, tudo de barro, algum mais fino,
de delicado lavor: são linhas curtas, maiores, muitos círculos fechados e
pequenos. Serão insígnias dos enterrados, ou de outro serviço relativo aos
defuntos, os vasos logo que se expõem ao sol, ou vento, desfazem-se, tendo-os
porém em sombra secam bastante. Um anel de ouro muito delgado constou-me ter-se
identificado ali, e vi-o depois com uma gravação até agora imperceptível; e uma
cadeia gargantilha de ouro ténue, e alterada de grãos facetados de matéria
vidrenta e parecidos com granadas…num vaso de vidro do dito terreno
identificaram-se muitos círculos descritos, e no meio deles uma nódoa redonda.
(Sisenando, pág. 69-72).
D.
Fr. Manoel do Cenáculo no seu manuscrito com o titulo «Sisenco mártir e Beja sua pátria, MDCCC», pág. 69-72.
Antiguidades do Sul do Tejo.
Antiguidades
romanas da herdade do Raco (S. Tiago do Cacém).
«Em huma
sepultura na erdade do Raco, d`esta freguesia do Cercal, duas legoas distante
da Foz e Porto de Villa-nova-de-mil-fontes, se achou o symbolo da eternidade
figurada na serpente circular de bronze, ajustando não a cauda e cabeça mas sim
duas cabeças, porque em vez de cauda repete segunda cabeça, como sem fim.»
Pag. 119
André Carneiro
Itinerários Romanos do Alentejo
«O caminho procurava Alvalade e a ribeira de S. Romão,
por Santana do Roxo e Ermidas. Em Alvalade o autor destaca “Ameira (2 km ao noroeste da vila,
sobre a ribeira de Campilhas) e nas herdades e montes de Metade, Conqueiros,
Corredoura e Gaspeas, localidades s sueste, sobre a ribeira de S. Romão, dum e
doutro lado dela, nas distancias de 2
a 4 km
de Alvalade” como apresentando vestigios de época romana.».
André Carneiro,
Itinerarios Romanos do Alentejo, pag. 124.
Mario SAA, As Grandes Vias da Lusitânia - O Itinerário de Antonino Pio (6 Tomos; 1957-1967)
«Confome a tradição, apareceram, em tempos, colunas
miliárias em S.tª Margarida do Sado, denotanto que por ali haviam passado vias
militares romanas. Com efeito assim era. Irrompiam do lugar diversas vias: para
Alvalade, rumo a Garvão; para Santiago do Cacém, Impereatoria Salacia; para
Grandola, Malecaeca, rumo a Tróia (Caeciliana); para Alcácer do Sal, Miróbriga;
para Évora; para Ferreira do Alentejo, rumo a Beja, Pax.»
Pág. 96
«Irradiavam de Salir importantes vias, como (…) A de
Garvão, com destinno a Santiago do Cacém.»
Pág. 140
«O traçado romano, e legionário, da Boca do Rio a Évora,
por Garvão e Santa Margarida do Sado, foi em parte aproveitado, desde a Serra
de Monchique a Garvão, pela Estrada Real do Algarve a Lisboa. Para norte de
Garvão o traçado da Estrada Real diverge do romano. Este busca Alvalade, pela
margem esquerda da ribeira de S. Romão, enquanto aquele, sobre a margem
direita, vai tocando as localidades (…).»
Pág. 194
«A trajectória da Boca do Rio a Garvão, e de Garvão
para Norte, é de excelentes condiçoes viais. A natureza abrira este caminho.
São magnificos os taboleiros ou plainos das margens do Mira e as depressões e
várzeas conduzintes a Garvão; como daqui para Norte as planicies das margens do
Sado, com Alvalade, Santa Ana do Roxo, Ermidas, Santa Margarida do Sado,
Caneiras do Roxo, Vila Nova da Baronía, Viana do Alentejo. O costumado
documentário romano, em destruiçoes de paredes, telharia, épígrafes, etc.,
ladeia o caminho e é como que o sinal da sua trajectória.»
Pág. 196
«Ao caminhante de Ossonoba ofereciam-se, então, dois
caminhos, distintos, para os lados do Setentrião, o de Búdens, localidade ao Noroeste,
e o de Vale de Boi, localidade ao Nordeste, ambas a 3 km da boca do Rio. (…) O de
Búdens levava o caminhante a Aljezur, com seguimento, pelo litoral do país, à Imperatoria Salacia, em Santiago do
Cacém.»
Pág. 197
«Aranni (que não
sabemos se a poderemos fazer coincidir com a céltica Arandis, de Ptolomeu,
sendo prudente não o fazermos) chefiava vasto distrito que, em si, conta
notáveis centrações de arqueologia romana, e pré-romana, como Messejana,
Aljustrel, Rio de Moinhos, Alvalade, Vale de Santiago, castelo da Senhora da
Cola, Ourique, Panoias, etc.»
Pág. 203
«O
prosseguimento normal da estrada romana de Ossonoba a Salacia do Sado, fazia-se
de Aranni (Garvão) acompanhando o Sado para juzante, por Alvalade e Ermidas,
até Santa Margarida do Sado. Entretanto a via longitudinal era cortada
transversalmente em Garvão, de Noroeste para Sueste, por outra via, a da Imperatoria Salacia a Esuri. A transversal apresenta a
extensão, aproximada, de 50 km ,
das ruínas romanas do Castelo Velho, em Santiago do Cacém, a Garvão. Sai do
Castelo Velho rumando ao Sueste, através da Chã Salgada, tangencialmente ao que
resta do recinto dos jogos circenses da urbe Imperatória. Os 28 km da urbe à ribeira de
Campilhas tangem os «talefes», ou sinais geodésicos, de Pocilgais, Vale de Água
e Ameijoafa. Campilhas corre de Sudoeste a Nordeste, intercepta o caminho
romano e, em Alvalade entra no Sado, de que é o principal afluente, da margem
direita. As sua copiosas águas são modernamente aproveitadas por barragem
nacional, a do Pego Longo, no Cercal. Muitas antiguidades romanas têm sido
encontradas nesta área, à travessia da ribeira de Campilhas pela estrada do
Castelo Velho a Garvão. Imperatória, notável urbe do distrito salaciense,
pertencia ao número dos «oppida» turdetanos do Alentejo. Avia romana para
Aranni era das mais concorridas de então. Sobre ela, e a menos de «mil passos»
das ruínas, erguia-se, na contigua planície da Chã Salgada, o grandioso
«circus», com a respectiva «spnina», de que atrás falámos e de que há restos.»
Pág. 204-206
«A distância, de
XXXII milia passuum, de Aranni à
imediata mansão, mostra-se exata entre o castelo de Garvão e Santa Margarida do
Sado – por Alvalade, Santa Ana do Roxo e Ermida. Em Alvalade, a estrada, até aí
acompanhando a ribeira de S. Romão, por sua margem esquerda, passa à margem
direita, sulcando as planícies marginais.»
Pág. 228 e 229
«A via de
Antonino, a partir de Garvão, com destino ao Norte, a Salacia-Serapia, vai
transpor a ribeira em Alvalade, notável centração romana com muitas facilidades
viais e excelentes travessias fluviais. Alvalade era o funil do transito geral,
dos sectores setentrionais para os meridionais. O lugar em si, e no seu
contorno, é impregnado de demonstrações de colonização romana, de que alguma
coisa fugura no excelente museu municipal de Santiago do Cacém, a que Alvalade
pertence. Os achados nas circunvizinhanças desta vilka mostram-se, sobretudo,
em Ameira (2 km
ao noroeste da vila, sobre a ribeira de Campilhas) enas herdades e montes de
Metadae, Conqueiros, Corredoura e Gáspeas, localidades a sueste, sobre a
ribeira de S. Romão, dum e doutro lado dela, nas distancias de 2 a 4 km de Alvalade. Os vaus da
ribeira de s. Romão, em Alvalade, são o Porto de Beja e, a juzante, o Porto dos
Coitos, este situadio na estrada romana, do nosso intento. Sulca, desde Garvão,
a borda ocidental da ribeira, em um lanço de 30 km até ao Porto dos
Coitos, situado a 1 km
a norte de Alvalade. Corrre pelos lugares de Funcheira de Baixo, Monte Ruivo,
marcação geodésica de Aôbos, Vale de Romeira, Boizana. Passa defronte da ermida
de S. Romão de Panoias, de Monte Alto e da torre Vã. Em comunhão com o traçado
do caminho de ferro vai continuando para Norte, pela mesma borda da ribeira,
por Defesa, Retorta, Valmargem, Gáspeas, Corredoura (este o nome que outrora
era dado às grandes vias miulitares), e, enfim, Figuqieiras, defronte dos
arqueológicos lugares de Conqueiros e Metade. Preforma a vila de Alvalade a sua
principal artéria. A estrada continua, acompanhando a ribeira pela margem
direita, até Santa Margarida do Sado, em lanço de 20 km , o qual se faz por
Coitos, Sobral do Meio Dia, Santa Ana do Roxoi – onde a estrada real de
Santiago do Cacém a Beja atravessa, em excelenete porto, ou vau, a ribeira do
Sado. Ao depois, tangente à foz da ribeira do roxo, vai à aldeia de Ermidas,
corta a ribeira da Figueira, em Algeda ou em Porto de Mouro, e, por Moinho da
Volta e marcações geodésicas de Atalaia e Garcia Menino (por dentro da curva do
Sado) atinge o local do santuário Serápis. O Catelinho de algeda, no Sado,
defronte da foz da ribeira da LKageda, ou da Fugueira, de época que procedeu o
domínio romano, dá sinais de haver sido o local de travessia, na estrada mais
antiga da Imp. Salacia à Salacia Serapía. Esta estrada irrompe do Castelo Velho,
em Santiago do Cacém. Vinha de Abela, depois ao Castelo Velho do Louzal e daqui
ao Castelinho da Algeda, onde passava ao outro lado do rio, para Santa
Margarida do Sado, aqui entroncando em diversas vias, entre elas a que nos
propomos seguir, até Évora. Os 50
km contados de Garvão a Santa Margarida são os mpm
XXXII, do Itenerário latino, entre Aranni e o «serapeu» de Salacia.»
«Uma antiga
Estrada do Algarve, de Norte para sul, pela margem esquerda do Sado, transpunha
o rio em Alcácer do Sal depois do que seguia por Valverde e Charneca, sempre a
leste e a par da E. N. N.º 120. Aproximava-se de Grândola; Canal; Mina da
Caveira – cujo minério, na época romana, afluía a Santa Margarida do Sado onde,
em parte, era tratado, como mostra o seu escorial, e em parte seguia em embarcações. Ao
depois da Mina da Càveria: Brunheira, Loizal Novo, marcos geodésicos de
Faleiros e Cartaxo, Mal Assentada, Balça, Ameira, onde passava a ribeira de
Campilhas; Alvalade. De todos os modos, Garvão, era lugar obrigatório de convergência.»
Pág. 232 e 233.
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