Uma cidade do Passado é como uma outra cidade qualquer.
Miróbriga fala dela própria, através da sua topografia, adaptando-se em anéis ou “circunvalações” ao terreno onde se implanta.
A cidade tem uma imagem de si própria, centrando no lugar mais alto os locais de culto e de decisão política e administrativa; espraiando nas encostas as estruturas comerciais e outros serviços, os balneários e o casario.
A cidade espreita ao longe o Oceano, Sines esse porto de mar já romanizado, abastecedor e escoador dos produtos píscicolas que, nas lagunas que se formam em seu redor, se multiplicam como que em viveiro extraordinário.
Espreita ainda a Serra do Cercal, fornecedora de minério e de alimento.
Mas Miróbriga, como qualquer outra cidade, conta histórias, através de cada estrutura, de cada construção ou objecto que, ao virar da esquina, se encontra.
As calçadas, de lajes fortes, serpenteiam as colinas, organizando os bairros, o casario; as soleiras das portas indiciam as habitações ainda escondidas.
Sobre Miróbriga, como de cada cidade, se contam e contaram tantas histórias, diferentes, ao longo dos séculos. De acordo com o que souberam e puderam ver os vários investigadores, passeantes ou contadores de estórias que por lá estiveram, pelo menos desde o século XVI, data que o nosso Humanista André de Resende dá a conhecer a cidade.
É também dessas histórias dentro da História de um lugar mágico como Miróbriga que nos fala o sítio: do tempo de vida da cidade e o tempo de quem por lá passou.
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