CARACTERIZAÇÃO DE MIRÓBRIGA
I - QUADRO GEOGRÁFICO
Miróbriga fica situada no Sudoeste alentejano, nas proximidades da cidade de Santiago do Cacém, sede do concelho com o mesmo nome.
Localiza-se no limite de uma faixa acidentada que se desenvolve a Este, constituída pelos contrafortes da Serra de Grândola e do Cercal, de que a colina onde se situa o oppidum se pode considerar a retaguarda. Esta faixa acidentada corresponde, genericamente, à mancha xistosa do Carbónico. A Oeste, desenvolve-se uma faixa costeira, plana. Uma série de lagunas faz o contacto entre a terra e o oceano, fertilizando as zonas mais interiores .
A área que corresponderia ao núcleo urbano de Miróbriga e zonas limítrofes é caracterizada, do ponto de vista litológico, por afloramentos xistosos, que confinam com uma faixa de arenitos e de conglomerados com cimento argilo-ferroso e outras com argilas, calcários margosos e calcários dolomíticos.
As construções de Miróbriga utilizam, na sua maioria, os materiais litológicos locais, à excepção de alguns elementos arquitectónicos ou epigráficos que utizam o calcário fétido de S. Brissos.
Região de clima temperado oceânico, húmido e moderadamente chuvoso - ou «marítimo de fachada atlântica», - a zona de Santiago do Cacém regista uma temperatura média anual de 15,8º C e uma amplitude térmica anual de 11,2 º C, condições estas que não se deverão alterado muito desde o período romano. A amplitude térmica atenua-se à medida que se caminha para o mar.
Sendo caracterizada por uma humidade relativa elevada e por um alto nível de pluviosidade que, no Inverno, contribui para engrossar as ribeiras que fertilizam a “campina”, pode considerar-se uma região muito fértil do ponto de vista agrícola, permitindo também o desenvolvimento da fruticultura[1], atestada arqueologicamente desde a ocupação romana (DARLING et alii, 1984: 51).
O Alentejo deveria ser, em período romano, coberto de florestas de sobreiros e azinheiras[2], as primeiras mais frequentes na parte ocidentale nas terras mais altas; as segundas no interior e nas encostas voltadas a Leste (ALARCÃO, 1974: 4). Menos frequentes seriam os pinheiros mansos[3]. Lobos, javalis e veados povoariam uma mata formada por zambujeiros, medronheiros, loureiros, urze branca, entre outras espécies vegetais. Nas zonas xistosas as estevas cresceriam em grande quantidade, como ainda hoje se verifica em parte do concelho de Santiago do Cacém.
À excepção de algumas terras férteis dos rios Mira e Sado os solos alentejanos eram, em grande parte, pouco fecundos.
Pesem os resultados da investigação recente que têm vindo a questionar esta opinião, nomeadamente as prospecções efectuadas em torno da uilla romana de S. Cucufate, que apontam para a existência de numerosos «estabelecimentos agrícolas secundários, tipo casal ou uilla rustica» (MANTAS: 1988: 207 e 208), bem como os levantamentos feitos em redor de Ebora, que demonstraram a predominância de unidades agrícolas de pequena dimensão (BARATA E MASCARENHAS, 1997: 66-67), as grandes unidades agrárias, as culturas pouco diversificadas e a fraca densidade populacional devem ter caracterizado grande parte do território alentejano desde a Antiguidade, fenómeno que se deve ter acentuado a partir do século III d.C. (op. cit.: 208; ALARCÃO, 1990: 419).
A produção de trigo apenas se conseguia poupando os solos pelo recurso ao afolhamento, sendo a sua rentabilidade muito baixa. A fraca produtividade só tornava, assim, rentáveis as culturas extensivas e a pecuária, pelo que certas zonas do Alentejo se caracterizaram, ao longo do tempo, pela existência de grandes latifúndios e pelo povoamento menos denso (ALARCÃO, 19901: 419)[4].
A exploração pecuária fazia parte da exploração das uillae, actividade que parece ter tido continuidade neste território ao longo dos séculos[5], atestada pela importância económica que ainda nos nossos dias tem a produção de gado bovino, caprino, ovino, suíno e equino. Hoje reduzida no Sudoeste alentejano, a produção de azeite e a vinicultura parece ter sido abundante no período romano, tendo-se mantido durante a Idade Média e Época Moderna.
É relativamente mal conhecida a estrutura agrária romana na área que estudamos, uma vez que na área adjacente apenas foram referenciados alguns indícios de uillae.
Se bem que sejam escassos os vestígios de casas agrícolas identificados na área circundante a Miróbriga, em Alvalade do Sado, a aproximadamente 20 km, conhecem-se várias uillae romanas, que deveriam pertencer a um conjunto mais vasto de pólos de exploração agro-pecuária, em íntima relação com a grande bacia hidrográfica do Sado.
Também não foram ainda identificados vestígios de estradas vicinais, dos eixos viários estruturantes deste território no período romano. Pensamos, contudo, que deverão ter-se mantido praticamente os mesmos durante toda a Idade Média e Época Moderna.
A ponte do Cacém, à saída de Santiago do Cacém, possivelmente construída no século XVI, deve sobrepor-se a um caminho anterior que ligaria esta povoação a Sines. Não se conseguiu detectar, no entanto, na construção desta ponte indícios da uma origem mais antiga.
Em Alvalade do Sado uma ponte de origem medieval pode ter dado continuidade a uma via romana que ligaria Miróbriga a Pax Iulia, passando por Aljustrel.
A exploração mineira que já deveria ser, nesta zona, do conhecimento dos romanos, sofreu, no século passado, um grande desenvolvimento na região, e continua, nos nossos dias, a constituir a grande fonte de riqueza do Cercal[6]. Mais para Norte, mas ainda pertencendo, em período romano, à ciuitas de Miróbriga, desenvolviam-se as minas da Caveira, onde foi atestada mineração antiga.
Através de uma carta de distribuição de estações da Idade do Ferro publicada por Teresa Gamito (JÚDICE GAMITO, 1986: 193-94), conhecem-se cerca de cinquenta povoados a Sul do Tejo, sendo evidente a sua implantação em locais-chave de exploração agrícola e mineira[7].
A óptima situação geo-estratégica, permitindo um eficaz domínio territorial, associada aos recursos naturais - agrícolas e mineiros - deve ter conferido a Miróbriga importantes funções comerciais.
No entanto, só a continuação das prospecções e o levantamento exaustivo dos povoados mineiros circundantes (BERROCAL RANGEL, 1995: 168) poderão confirmar esta hipótese.
«A via de Antonino, a partir de Garvão, com destino ao Norte, a Salacia-Serapia, vai transpor a ribeira em Alvalade, notável centração romana com muitas facilidades viais e excelentes travessias fluviais. Alvalade era o funil do transito geral, dos sectores setentrionais para os meridionais. O lugar em si, e no seu contorno, é impregnado de demonstrações de colonização romana, de que alguma coisa fugura no excelente museu municipal de Santiago do Cacém, a que Alvalade pertence. Os achados nas circunvizinhanças desta vilka mostram-se, sobretudo, em Ameira (2 km ao noroeste da vila, sobre a ribeira de Campilhas) enas herdades e montes de Metadae, Conqueiros, Corredoura e Gáspeas, localidades a sueste, sobre a ribeira de S. Romão, dum e doutro lado dela, nas distancias de 2 a 4 km de Alvalade. Os vaus da ribeira de s. Romão, em Alvalade, são o Porto de Beja e, a juzante, o Porto dos Coitos, este situadio na estrada romana, do nosso intento. Sulca, desde Garvão, a borda ocidental da ribeira, em um lanço de 30 km até ao Porto dos Coitos, situado a 1 km a norte de Alvalade. Corrre pelos lugares de Funcheira de Baixo, Monte Ruivo, marcação geodésica de Aôbos, Vale de Romeira, Boizana. Passa defronte da ermida de S. Romão de Panoias, de Monte Alto e da torre Vã. Em comunhão com o traçado do caminho de ferro vai continuando para Norte, pela mesma borda da ribeira, por Defesa, Retorta, Valmargem, Gáspeas, Corredoura (este o nome que outrora era dado às grandes vias miulitares), e, enfim, Figuqieiras, defronte dos arqueológicos lugares de Conqueiros e Metade. Preforma a vila de Alvalade a sua principal artéria. A estrada continua, acompanhando a ribeira pela margem direita, até Santa Margarida do Sado, em lanço de 20 km , o qual se faz por Coitos, Sobral do Meio Dia, Santa Ana do Roxoi – onde a estrada real de Santiago do Cacém a Beja atravessa, em excelenete porto, ou vau, a ribeira do Sado. Ao depois, tangente à foz da ribeira do roxo, vai à aldeia de Ermidas, corta a ribeira da Figueira, em Algeda ou em Porto de Mouro, e, por Moinho da Volta e marcações geodésicas de Atalaia e Garcia Menino (por dentro da curva do Sado) atinge o local do santuário Serápis. O Catelinho de algeda, no Sado, defronte da foz da ribeira da LKageda, ou da Fugueira, de época que procedeu o domínio romano, dá sinais de haver sido o local de travessia, na estrada mais antiga da Imp. Salacia à Salacia Serapía. Esta estrada irrompe do Castelo Velho, em Santiago do Cacém. Vinha de Abela, depois ao Castelo Velho do Louzal e daqui ao Castelinho da Algeda, onde passava ao outro lado do rio, para Santa Margarida do Sado, aqui entroncando em diversas vias, entre elas a que nos propomos seguir, até Évora. Os 50 km contados de Garvão a Santa Margarida são os mpm XXXII, do Itenerário latino, entre Aranni e o «serapeu» de Salacia.»
O rio Sado, que deverá ter funcionado em período romano como um limite natural do território de Salacia (MANTAS, 1990: 175) e de Miróbriga, foi durante toda a Proto-História uma via fundamental de ligação ao hinterland.
Miróbriga controlaria, pois, um vasto território que poderia ir até Sines, a Ocidente, pesem embora os achados que, nesta última vila, podem fazer equacionar a verdadeira importância desta localidade, em período romano.
A estreita ligação com esta cidade está, de certo modo, comprovada, porque em Miróbriga está atestada epigraficamente uma família que se encontra também em Sines (ENCARNAÇÃO, 1984: 230; ALARCÃO, 19852: 109). Essa inscrição a que se têm levantado muitas dúvidas (ALMEIDA, 1964: 12; ENCARNAÇÃO, op. cit., loc. cit.; RIBEIRO, 1982-83: 175) diz respeito a um homenageado cuja profissão poderia ser caudicarius (armador ou proprietário de embarcações) o que poria em relevo as actividades marítimas na região, e nomeadamente as do porto de Sines. A importância económica destas actividades teria permitido a Marco Júlio Marcelo exercer, em Miróbriga, as funções de edil e duúnviro (ALARCÃO, 1985: 110; ENCARNAÇÃO, 1996: 136).
Se bem que não sejam bem conhecidas, nesta zona, as modificações das linhas da costa que participam nas alterações das formações lagunares, é óbvia a sua mobilidade em todo o litoral alentejano (FONSECA, 1993: 11-28). A demostrá-lo é a representação na cartografia existente desta zona, dos séculos XVI e XIX, de uma curiosa lagoa, denominada comummente como «da Pera», que se desenvolveria até às proximidades de Santiago do Cacém. A confirmar-se a sua existência, poderia justificar-se a ocupação deste lugar, pois permitia um contacto directo, mas protegido, com o mar desde épocas remotas (BARATA, 1993, GTL).
Embora não sejam conhecidos vestígios romanos de actividades ligadas à pesca ou à salga de peixe nas proximidades das lagoas que se situam no actual concelho de Santiago do Cacém, vários vestígios arqueológicos localizados no município de Sines comprovam a importância das actividades piscícolas no litoral alentejano.
Admitindo-se assim uma certa continuidade na rede de relações urbanas pré-romanas e romanas, Miróbriga deveria, pois, ter funcionado como núcleo polarizador da região já na Idade do Ferro. A teia de relações entre Miróbriga e o porto de Sines, a Oeste; entre Miróbriga e as povoações a Norte (Salacia, Caetobriga?); entre Miróbriga e o Sul (Ilha do Pessegueiro, Porto Covo, Vila Nova de Milfontes e Odemira) e ainda entre Miróbriga e as zonas do interior, deveria ter-se reforçado com a dominação latina. Ficaria, deste modo assegurado, por um lado, o fornecimento dos produtos agrícolas e piscatórios à ciuitas e, por outro, o escoamento dos minérios de que é rica a região adjacente a Miróbriga, salientando-se o cobre e o ferro - Fot. 3.
II - A IDENTIFICAÇÃO DE MIRÓBRIGA COM
O LOCAL QUE ESTUDAMOS
Várias inscrições têm servido de base à identificação deste local com a Miróbriga dos Célticos de Plínio (ALMEIDA, 1964 e 1988: 22-23), não podendo a maior parte delas ser tomada em consideração ou, pelo menos, ter uma interpretação inequívoca (ENCARNAÇÃO, 1984, IRCP nº 149, nº 150).
Uma delas, proveniente da Herdade Francisquinho, freguesia de Santa Cruz (aprox. 4km de Miróbriga), se bem que tenha fundamentado algumas das teorias que permitiam identificar Miróbriga com o local agora em estudo, uma vez que o defunto se afirma mirobrigensis celticus, tem também levantado bastantes questões sobre a sua autenticidade[8].
A localização de Miróbriga na foz do rio Mira tem sido também admitida por alguns investigadores portugueses, nomeadamente pelos epigrafistas Cardim Ribeiro e José d’Encarnação, que coloca algumas dúvidas à correlação directa entre a inscrição do magistrado do Município Mirobrigense, encontrada nas proximidades, e o aglomerado urbano a que nos referimos - Fot. 4.
As fontes literárias, nomeadamente a referência de Plínio a um oppidum estipendiário (Nat. Hist. IV, 116) não nos permite, contudo, assegurar a localização exacta desse aglomerado urbano.
Por outro lado, também a ocupação pré-romana do local é mal conhecida. Nem designação de “Miróbriga Céltica” nos pode servir de referência segura sobre os povos que aí habitaram em período pré-romano, sendo designados pelos autores gregos e latinos como Celti várias gentes do tronco indo-europeu, sem que correspondessem, contudo, a um povo homogéneo, com uma comunidade linguística própria, claramente diferenciado dos seus vizinhos ou estanques à miscigenação com outros povos (KURTZ, 1995: 26; ENRÍQUEZ NAVASCUÉS, 1995: 65). Embora sendo relativamente unânimes em afirmar que a região compreendida entre o Tejo e o Guadiana era habitada pelos Célticos, pouco ou nada nos esclarecem, no entanto, sobre a sua distribuição, tipo de povoamento ou sobre o sistema social em que se inseriam, o que dificulta a compreensão da geografia política neste período (FABIÃO, 1992: 170).
Há ainda a acrescentar que em Miróbriga não são também conhecidos materiais arqueológicos que a possam inscrever inequivocamente nessa tradição cultural.
Contudo, o topónimo Miróbriga denuncia a possível origem“céltica” da ocupação sidérica do local, como se pode deduzir pelo topónimo terminado em “briga”.
Apesar de todas as dúvidas que se levantam à identificação de Miróbriga ou à sua ocupação pré-romana, parece-nos ser lícito, dadas as características do local e da implantação deste povoado fortificado, reconhecer-lhe um papel estruturante, desde períodos pré-romanos, no território compreendido aproximadamente entre a bacia do rio Sado e o mar.
[1]A equipa americana que trabalhou em Miróbriga refere a existência de uvas, figos, romãs, amêndoas e nozes. Quer Bernardo Falcão, no século XVIII, quer o Padre Macedo e Silva se referem ainda no século XIX à abundância de pomares na região. Na zona adjacente a Miróbriga existem ainda actualmente alguns pomares.
[2] Como aliás acontece ainda actualmente na região de Santiago do Cacém, que se admite pertencer à Formação Vegetal designada como Carvalhal da zona Húmida-Quente (CABRAL, Caldeira, 1960) dominada pelo sobreiro, azinheiro, carrasco, zambujeiro, pinheiro manso. Os arbustos que mais comummente se lhe deveriam associar são: o abrunheiro bravo, a murta, a urze branca, a roseira branca, a madressilva caprina actualmente rarefeitas devido aos trabalhos agrícolas e mesmo arqueológicos (FORTES, Mário, 1997: 10).
[3] Segundo informações da equipa luso-americana, foram encontrados carvões de carvalho e depinheiro, datando de período pré-romano (SOREN, 1983: 59).
[4] Durante a Idade Média, a grande propriedade continuou a caracterizar o território que teria pertencido à ciuitas de Miróbriga, tendo sido entregue, como tantos outros, à Ordem de Santiago que se encarregou de o povoar e desenvolver. Desde os primeiros documentos conhecidos sobre Santiago do Cacém, há uma referência constante a actividades ligadas à agricultura e à pastorícia, bases da economia medieval. A referência aos pomares desta região são também constantes. A partir do século XVII, são inúmeras as notícias referentes a essas actividades, acentuando a predominância da agro-pecuária que, ainda hoje, caracteriza o território. Data de 1763 uma regulamentação das actividades agrícolas. A produção de azeite e mel e a extracção e transformação da cortiça são aqui referidas como as actividades principais.
[5] Para este tema, poder-se-á também consultar os capítulos «Quadro Geográfico» e «Economia e Sociedade» da obra de M.V. Gomes e Armando Coelho F. Silva Proto-História de Portugal.
[6] «A faixa piritosa portuguesa estende-se por duas bandas grosseiramente paralelas, entre a região de Alcácer do Sal e a fronteira com Espanha, devendo ainda nela ser incorporada a Serra do Cercal (OLIVEIRA, Tomás e Vitor, 1996: 11). Segundo um levantamento feito por João Madeira e por José Matias, verifica-se que, nos arredores de Santiago do Cacém, são inúmeras as explorações mineiras ao longo dos século XIX, quer se tratem de ouro, prata, ferro, galena, cobre, entre outras. Em prospecções recentes com a participação da signatária foram também detectados inúmeras galerias mineiras relativamente próximas de Santiago do Cacém, desactivadas actualmente, mas às quais ainda não foi possível atribuir cronologia.
[7] Os recursos mineiros e agro-pecuários devem ter condicionado, desde a Idade do Bronze, todo o povoamento no Sul da Península Ibérica, processo que conduziu a uma complexificação económica e social e que culminou, durante a I Idade do Ferro, com o desenvolvimento de áreas acentuadamente comerciais ou entrepostos, muitas das quais fruto de presenças alógenas (GOMES, 1994:129).
[8] «Efectivamente se a análise paleográfica nos deixa algumas dúvidas, sabemos, por outro lado, que, normalmente, quando alguém morre na sua localidade de origem, não indica a naturalidade, seria desnecessário; por outro lado, sendo mirobrigense na sua própria terra, que necessidade haveria de especificar a sua qualidade de “céltico”? Além disso, tendo-se posto tanto empenho em fazer notar a naturalidade do defunto, não houve igual intenção de afirmar para a posteridade a sua condição de homem livre, indicando a filiação [...]. Poder-se-ia, pois, suspeitar da autenticidade deste monumento, eventualmente forjado com a intenção de bem especificar o nome da povoação cujas imponentes ruínas se encontraram em Santiago do Cacém» (ENCARNAÇÃO, 1984: 232-234). Jorge de Alarcão, não obstante, defende que não se pode tomar como «norma absoluta que a naturalidade não se indica quando alguém é homenageado ou morre na sua terra e que, inversamente, se indica sempre que alguém se homenageia ou enterra fora da sua terra natal» (ALARCÃO, 1985:105).
Cardim Ribeiro reforça a problemática referente à identificação de Miróbriga com este local, pois, embora ressalvando que a inscriVão de Miróbriga é “controversa”, continua a admitir que a «menção da origo numa inscrição funerária indica que o indivíduo nomeado faleceu e foi sepultado fora do territorium da sua ciuitas» (RIBEIRO, 19941: 80).
BIBLIOGRAFIA
QUARESMA, J. C. (1999b) - Terra sigillata africana D e foceense tardia das escavações recentes de Mirobriga (Chãos Salgados, Santiago do Cacém). Revista Portuguesa de Arqueologia. Lisboa. 2. 2, p. 69-82.
QUARESMA, J. C. (2003) - Terra sigillata sudgálica num centro de consumo: Chãos Salgados, Santiago do Cacém (Mirobriga?). Lisboa: Instituto Português de Arquelogia (Trabalhos de Arqueologia; 30).
QUARESMA, JC (2003) - Terra sigillata sudgálica num centro de Consumo: Chãos Salgados, Santiago do Cacém (Mirobriga?). (Trabalhos de Arqueologia, 30). Lisboa: IPA (tese de Mestrado em Pré-História e Arqueologia)
http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/trabalhosdearqueologia/30/3.pdf
QUARESMA, J. C. (2006) - Almofarizes béticos e lusitanos: revisão crono-morfológica de alguns tipos. Revista Portuguesa de Arquelogia. 9.1, p.149-16.
QUARESMA, J. C. (2008a) - "Les fabriques des sigillées hispaniques provennantes de La Rioja et Andújar (s. I-II d.C.) à Chãos Salgados", Santiago do Cacém - Mirobriga?- (Portugal), Rei Cretariae Romanae Fautorum. Acta 40. Bonn, p.483-492.
QUARESMA, J. C. (2008b) - "Le type Hayes 91 A et B: problématique de sa production au sein de la sigillée africaine D. SFECAG. Congrès international d’Empúries (L’Escala, Espagne)". 1er-4 Mai 2008. 2008, p.495-502.
QUARESMA, J. C. (no prelo a) - "Les importations de céramique culinaire africaine à Chãos Salgados, Santiago do Cacém (Mirobriga ?)", Portugal. LRCW 3. 3rd International Conference on Late Roman Coarse Wares, Cooking Wares and Amphorae in the Mediterranean. Archaeology and Archaeometry. Parma/Pisa, 26-30 March 2008.
QUARESMA, J. C. (no prelo b) - "Changement et continuité: la romanisation à Chãos Salgados, Santiago do Cacém – Mirobriga? – (Portugal)". Colóquio Internacional Transformações da Paisagem. O impacto das Cidades Romanas no Mediterrâneo Ocidental. Castelo de Vide. Marvão. 15 a 17 de Maio 2008.
QUARESMA, J. C. (no prelo c) - "5 tessons de sigillée d’ Henchir es-Srira et de Sidi Aïch à Chãos Salgados (Mirobriga?), Portugal ?". XXVIth Congress of the Rei Cretariae Romanae Fautores. Cadiz.
Para além da Bibliografia de Miróbriga, foram consultados os seguintes elementos:
1678-1757
Comentário: Esta carta é muito interessante porque o rio Sado aparece representado como se fosse navegável até Melides e Alvalade.
Santiago do Cacém aparece situada na margem do rio.
Tratar-se-á possivelmente de um erro de representação cartográfica.
Le Royaume de Portugal et des Algarves
Século XVII
4.1-17308-AV III
Partie Méridionale du Royaume de Portugal
1751
4.1-17991-AV VI
Mappas das Provincias de Portugal, novamente abertos e estampados em Lisboa
1762
4.2.1-Alentejo-123- AV I
Carta Militar das Principais Estradas de Portugal
Lisboa, 1808
Segundo Romão Eloy de Almeida
4.1-1547-AV. II
Comentário: Esta certa, cuja cópia se encontra em exposição, apresenta a Lagoa
de Pêra com dimensões enormes, indo praticamente até S.Tiago do Cacem.
Estão ainda representadas ligações viárias a Santo André, Melides, Comporta, a
Norte, a Sines, a Oeste, e ao Cercal, Vila Nova de Milfontes e Odemira, a Sul.
Nova Carta Militar do reyno de Portugal com Estradas, Montanhas e Rios
Londres 1810
(por Elliot)
4.1-5.AV I
Comentário: A Lagoa de Pêra está representada.
Carta Civil e Militar de Portugal e de Hespanha
(Folha 3)
1824
3-16510/1 a 6
Comentário: A Lagoa de Pêra está representada, mas quase não é perceptível,
comparando com outros mapas da mesma altura.
Carta Geral dos reinos de Portugal e Hespanha
(Para servir de esclarecimento à História de Guerra da Península),
por Simão José da Luz Soriano
3-AVI-7(8.1.4)
Mapa de Espanha y Portugal
Publicado y de la Propriedad de Diego Peñuelas
3-5050-A VII
Comentário: Está representada a ligação a Sines, a Grândola e ao Norte.
Mappa dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha
1898
3-17655-AV III
A new Map of Spain and Portugal,
Exibiting the chains of mountains with their passes, the principal & cross roads,
with other details.
London, 1910
3-2319-AV II
Comentário: Está assinalada a ligação a Sines e caminhos que ligam Santiago
do Cacém para Norte e para Sul.
The King doms of Spain & Portugal
London 1811
3-3853 (Armário Metálico)
Nova Regni Portugalliae et Algarbiae
4.1-17308-AV III
Nuevo mapa de España y de sus Colonias
Editor en Bruselas, Irun
1889
Comentário: Santiago do Cacém aparece representada junto a uma cordilheira
montanhosa.
Carta Agrícola
Direcção dos Serviços da Carta Agrícola.
Direcção Geral de Agricultura, 1910
4.5-18597/1/2
Costa Oeste de Portugal
Missão Hidrográfica da Costa de Portugal, 1927 e 1928
18578/5 Pasta VII
Descrição do Reino do Algarve e descrição do Reino de Portugal
5.5-18894/1 e 2.
Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenharia Militar
Carta Geográfica de Portugal
Londres, 1762
4096-2A-24A-111
Comentário: Está assinalada a Lagoa da Pêra.
Carta Geográfica do reino de Portugal
Reinado de D. José, 1763
4072-4-48-60
Mapa ou Carta Geográfica dos Reinos de Portugal e Algarve
Londres, 1790
4067/I-2A-29-41
Carta Esferoidica dos Pontos mais notáveis da Costa de Portugal
1799 e copiada em 1826 pelo Real Archivo Militar
4100-2A-24A-111
Mapa Geographico do Reino de Portugal
2ª Divisão Militar
Autor: José Maria Neves Costa
Finais do Século XVIII
4062-4-48-60
Comentário: Não estão praticamente assinalados percursos que liguem a
Santiago, porque não deveria ter grande interesse do ponto de vista militar.
Carta Militar de Portugal,
1808
4093-2A-24A-111
Mapa Chorographico do Reino
1809
9959-1-7A-95
Carta Geographica de Portugal, Divisão Territorial, Administrativa e Judicial
1837
4094-2A-24A-111
Comentário: Estão representadas duas pequenas lagoas interiores perto de
Santiago do Cacém.
A rede viária liga a S. André, a N., Sines, a W. e Cercal, a S.
Carta Topografica da Província do Alentejo
nº 503-1-4-7
O papel é de 1838 e, portanto, a carta é posterior a essa data.
Comentário: A Lagoa da Pêra aparece representada.
Carta de Divisão Administrativa
1863
nº 4080-4-48-60
Comentário: Em 1863 Alvalade do Sado já não é sede de concelho e pertence a
Aljustrel.
Carta Geographica de Portugal
Filipe Folque (Geral Conselheiro do Reyno)
1860-1865
4100/A-4-48-60 e 10516-2A-28A-79
Comentário: É o primeiro levantamento exaustivo do território. A Lagoa da
Pêra já não aparece representada.
Carta Geológica de Portugal
1876
Direcção Geral dos Trabalhos Geodésicos (Carlos Ribeiro; Joaquim Filipe
Nery Delgado)
4081-I-4-48-60
Nota: Santiago do Cacém é assinalada no centro de um enclave jurássico lias, com rochas calcárias e afloramentos xistosos.
Esboço de Carta Geográfica
(sem data nem autor)
4073-4-48-60
Carta Agrícola-mineral
1892
4076
Carta Agrícola de Portugal
Direcção Geral de Agricultura
1890/1891 - Direcção da Carta Agrícola, publicada em em 1893
Col. 4075-4-48-60
Doc. 6606, 6607, 6608
Comentário: Do século XVIII ao século XIX há uma complexificação dos
percursos de acesso a Santiago. Nas cartas anteriores ao Terramonto quase não
há ligação a Santiago.
Levantamento Geográfico de Portugal
4078-4-48-60
Carta Geographica de Portugal
1894
4079-4-48-60
Comentário: Nesta carta a Lagoa de Pêra já não está assinalada
Carta Geológica de Portugal
1899
4081-II-4-48-60
Carta nº 4083/II-2A-29-41
Serviços Histórico-Militares
Serviços Cartográficos do Exército
Levantamentos aéreos:
1943 - Fiada C, Foto 3, Filme 40 1/16.000
1947 - Voo da RAF
1953-54 - 1/40.000 (até Sines)
1958-60 - 1/26.000 (Santiago do Cacém e Ruínas)
1969-70 - 1/25.000
Cartas Publicadas:
1945
1989, folha 516; 1/25.000
Serviços Geográficos e Cadastrais
Serviços Geológicos de Portugal
Biblioteca Nacional
Mappa de Purtugal e Castella, parte
do engenheiro Militar João Tomás Correia
Inícios do século XVIII.
B.N.L., Iconografia, E 762
Cartografia existente no Museu de Sines:
Les Estats de la Couronne de Portugal en Espagne
1693 (?)
Hispaniae Antiquae Tabulae
1641
Nota: Miróbriga aparece assinalada.
Portugalliae ……
1600
Nota: A Lagoa de Pêra aparece representada até Santiago do Cacém.
Alegação feita no tempo de D. Dinis
51/Liv. 272 C.F. 158
“Carta de Foral” de D. Dinis de 1323.
(Cópia do Documento Nº 9, Maço 8 da Gaveta 14 que se fez por ordem do
Guarda Mor deste Archivo para milhor inteligencia do seu original. Lisboa10
de Julho de 1773).
- Carta de El Rey D. Afonso 4º porque confirmou os Privilegios da Villa de S.
Tyago de Cacem, dada em Evora a 20 de Abril. Era de 1363.
- Carta Del Rey D. Fernando porque confirmou aos moradores de Santiago de
Caçem os privillegios que lhes avia concedido El rey seu Pay.
Dada em Lisboa a 23 de Julho, era de 1406
O original está na Gaveta 14, Maço 3, doc. 28.
- Maço 11 dos Forais Antigos, nº 6
de 20 de Novembro de 1477
- Forais Novos do Alentejo/Tejo e Odiana
F. 36 V Col.2
- Licença de El Rey D. Diniz ao seu conselho para uzar dos seus privilegios.
Gaveta 14, Maço 8, nº 9
1295
- Livro III, folha 132 da Chancelaria de D. Dinis
Carta de Declaração aos artigos sobre os danos dos seus sobrais e azinhais.
- S.Thiago de Cassem - Confirmação de Privilegio por
El rey D. Affonso 4º e D. Fernando
Gaveta 14, Maço 3 e nº 18; nº 28 (20 de Abril de 1325 e 23 de Junho de
1368)
CHªs Antigas da Ordem de Santiago
Assento que consta passarse cart. De Tabelião da dita Villa a Alvaro Pires
de 31 de Janeiro de 1477
Livro 1 de Suplemento 7 V.
- Carta de Escrivão dos Orfaos desta Villa a Alvaro Pires.
De 30 de Janeiro de 1477.
- Carta de Escrivão de Almotaçaria da dita Villa a Diogo Pires.
De 31 de Janeiro de 1477
Livro 1 de Suplemento. Folha 8 V
- S. Tiago de Cassem, Collos e etc.
Cart. Que determina a demarcação de limites dessas villas, e que se cumprisse. De 22 de Junho de 1487. Livro 3 de Suplemento, 141 V.
- Carta de Mercê da renda do Moinho do cabo no Termo da dita Villa a D. Henrique Henriques.
De 25 de Maio de 1477.
1 do Suplemento. Folha 45
- Carta de Aprezentação do Privado da Igreja da dita Villa ao Pe. Luiz Pires.
De 8 de Setembro de 1477.
Livro 2 de Suplemento 73 V.
- Assento que consta passarse cart. De Escrivão da Camara da Villa a Mendo Rodrigues.
De 26 de Janeiro de 1477
Livro 1 de Suplemento, F. 11
- Carta de Doação desta Villa a Pedro Pantoja com a faculdade de a poder
nomear em hum de seus filhos.
De 25 de Setembro de 1477. Livro 1 de Suplemento.
Folha 74 V.
- Assento porque consta passarse Carta de Tabellião do Judicial e Notas da dita Villa a João Fernandes.
De 28 de Junho de 1485.
Livro 2 de Suplemento. Folha 44
- Carta de Tabelião do Judicial e Orfão da dita Villa a João Rodrigues
De 29 de Novembro de 1485.
Livro 2 de Suplemento. F 53 V.
- Carta para que Pedro Pantoja lograsse as rendas da dita Villa de que era Senhorio recebendo primeiro o habito da Ordem.
De 1486. Livro 3 de Suplemento. Folha 126 V.
- Assento por que consta se passou Cart. De Juiz dos Orfaos das ditas Vilas a Pedro da Silva.
De 10 de Agosto de 1495.
Visitações da Ordem de Santiago
Visitação de 1518 à Igreja de Santiago, Livro 167.
Conventos Diversos da Ordem entre elas Cacém
Livro 192, 1546
Conventos Diversos da Ordem de Santiago. Tombo de propriedades das Vilas de Sines e Santiago.
Livro 238
Corpo Cronológico, parte II, Maço 3, nº 23
Sentença de 1 de Agosto de 1500
Chancelarias de D. Manuel
Livro 1 de Guadiana, Folha 50
Livro 25, fol.79 e Liv.7 do Guadiana
“ A Tereja Lopez, sobrinha de dona Catarina, molher que foi de Pº Pantoja morador na Villa de Santiago”
Livro 29 de Guadiana, Folha 4
Por seu Commendador Affonso Pires Pantoja: sentença a favor de El Rey sobre jurisdição.
Gaveta 10, Maço 9, nº 8
Agosto 17, 1537
Comentário: Em toda a documentação acima referida não há qualquer referência à antiga cidade de Miróbriga. Nem nas “Visitações” da Ordem de Santiago que tivémos a oportunidade de consultar se encontrou qualquer anotação sobre o assunto.
No entanto, ela é extremamente útil para poder comprovar o tipo de recursos existentes, fundamentalmente os agrícolas e pecuários e a forma como a propriedade se organizava ao longo da Idade Média, que, a alguns níveis, não difere radicalmente do que seria no período romano.
I - QUADRO GEOGRÁFICO
Miróbriga fica situada no Sudoeste alentejano, nas proximidades da cidade de Santiago do Cacém, sede do concelho com o mesmo nome.
Localiza-se no limite de uma faixa acidentada que se desenvolve a Este, constituída pelos contrafortes da Serra de Grândola e do Cercal, de que a colina onde se situa o oppidum se pode considerar a retaguarda. Esta faixa acidentada corresponde, genericamente, à mancha xistosa do Carbónico. A Oeste, desenvolve-se uma faixa costeira, plana. Uma série de lagunas faz o contacto entre a terra e o oceano, fertilizando as zonas mais interiores .
A área que corresponderia ao núcleo urbano de Miróbriga e zonas limítrofes é caracterizada, do ponto de vista litológico, por afloramentos xistosos, que confinam com uma faixa de arenitos e de conglomerados com cimento argilo-ferroso e outras com argilas, calcários margosos e calcários dolomíticos.
As construções de Miróbriga utilizam, na sua maioria, os materiais litológicos locais, à excepção de alguns elementos arquitectónicos ou epigráficos que utizam o calcário fétido de S. Brissos.
Região de clima temperado oceânico, húmido e moderadamente chuvoso - ou «marítimo de fachada atlântica», - a zona de Santiago do Cacém regista uma temperatura média anual de 15,8º C e uma amplitude térmica anual de 11,2 º C, condições estas que não se deverão alterado muito desde o período romano. A amplitude térmica atenua-se à medida que se caminha para o mar.
Sendo caracterizada por uma humidade relativa elevada e por um alto nível de pluviosidade que, no Inverno, contribui para engrossar as ribeiras que fertilizam a “campina”, pode considerar-se uma região muito fértil do ponto de vista agrícola, permitindo também o desenvolvimento da fruticultura[1], atestada arqueologicamente desde a ocupação romana (DARLING et alii, 1984: 51).
O Alentejo deveria ser, em período romano, coberto de florestas de sobreiros e azinheiras[2], as primeiras mais frequentes na parte ocidentale nas terras mais altas; as segundas no interior e nas encostas voltadas a Leste (ALARCÃO, 1974: 4). Menos frequentes seriam os pinheiros mansos[3]. Lobos, javalis e veados povoariam uma mata formada por zambujeiros, medronheiros, loureiros, urze branca, entre outras espécies vegetais. Nas zonas xistosas as estevas cresceriam em grande quantidade, como ainda hoje se verifica em parte do concelho de Santiago do Cacém.
À excepção de algumas terras férteis dos rios Mira e Sado os solos alentejanos eram, em grande parte, pouco fecundos.
Pesem os resultados da investigação recente que têm vindo a questionar esta opinião, nomeadamente as prospecções efectuadas em torno da uilla romana de S. Cucufate, que apontam para a existência de numerosos «estabelecimentos agrícolas secundários, tipo casal ou uilla rustica» (MANTAS: 1988: 207 e 208), bem como os levantamentos feitos em redor de Ebora, que demonstraram a predominância de unidades agrícolas de pequena dimensão (BARATA E MASCARENHAS, 1997: 66-67), as grandes unidades agrárias, as culturas pouco diversificadas e a fraca densidade populacional devem ter caracterizado grande parte do território alentejano desde a Antiguidade, fenómeno que se deve ter acentuado a partir do século III d.C. (op. cit.: 208; ALARCÃO, 1990: 419).
A produção de trigo apenas se conseguia poupando os solos pelo recurso ao afolhamento, sendo a sua rentabilidade muito baixa. A fraca produtividade só tornava, assim, rentáveis as culturas extensivas e a pecuária, pelo que certas zonas do Alentejo se caracterizaram, ao longo do tempo, pela existência de grandes latifúndios e pelo povoamento menos denso (ALARCÃO, 19901: 419)[4].
A exploração pecuária fazia parte da exploração das uillae, actividade que parece ter tido continuidade neste território ao longo dos séculos[5], atestada pela importância económica que ainda nos nossos dias tem a produção de gado bovino, caprino, ovino, suíno e equino. Hoje reduzida no Sudoeste alentejano, a produção de azeite e a vinicultura parece ter sido abundante no período romano, tendo-se mantido durante a Idade Média e Época Moderna.
É relativamente mal conhecida a estrutura agrária romana na área que estudamos, uma vez que na área adjacente apenas foram referenciados alguns indícios de uillae.
Se bem que sejam escassos os vestígios de casas agrícolas identificados na área circundante a Miróbriga, em Alvalade do Sado, a aproximadamente 20 km, conhecem-se várias uillae romanas, que deveriam pertencer a um conjunto mais vasto de pólos de exploração agro-pecuária, em íntima relação com a grande bacia hidrográfica do Sado.
Também não foram ainda identificados vestígios de estradas vicinais, dos eixos viários estruturantes deste território no período romano. Pensamos, contudo, que deverão ter-se mantido praticamente os mesmos durante toda a Idade Média e Época Moderna.
A ponte do Cacém, à saída de Santiago do Cacém, possivelmente construída no século XVI, deve sobrepor-se a um caminho anterior que ligaria esta povoação a Sines. Não se conseguiu detectar, no entanto, na construção desta ponte indícios da uma origem mais antiga.
Em Alvalade do Sado uma ponte de origem medieval pode ter dado continuidade a uma via romana que ligaria Miróbriga a Pax Iulia, passando por Aljustrel.
A exploração mineira que já deveria ser, nesta zona, do conhecimento dos romanos, sofreu, no século passado, um grande desenvolvimento na região, e continua, nos nossos dias, a constituir a grande fonte de riqueza do Cercal[6]. Mais para Norte, mas ainda pertencendo, em período romano, à ciuitas de Miróbriga, desenvolviam-se as minas da Caveira, onde foi atestada mineração antiga.
Através de uma carta de distribuição de estações da Idade do Ferro publicada por Teresa Gamito (JÚDICE GAMITO, 1986: 193-94), conhecem-se cerca de cinquenta povoados a Sul do Tejo, sendo evidente a sua implantação em locais-chave de exploração agrícola e mineira[7].
A óptima situação geo-estratégica, permitindo um eficaz domínio territorial, associada aos recursos naturais - agrícolas e mineiros - deve ter conferido a Miróbriga importantes funções comerciais.
No entanto, só a continuação das prospecções e o levantamento exaustivo dos povoados mineiros circundantes (BERROCAL RANGEL, 1995: 168) poderão confirmar esta hipótese.
«A via de Antonino, a partir de Garvão, com destino ao Norte, a Salacia-Serapia, vai transpor a ribeira em Alvalade, notável centração romana com muitas facilidades viais e excelentes travessias fluviais. Alvalade era o funil do transito geral, dos sectores setentrionais para os meridionais. O lugar em si, e no seu contorno, é impregnado de demonstrações de colonização romana, de que alguma coisa fugura no excelente museu municipal de Santiago do Cacém, a que Alvalade pertence. Os achados nas circunvizinhanças desta vilka mostram-se, sobretudo, em Ameira (
«Uma antiga Estrada do Algarve, de Norte para sul, pela margem esquerda do Sado, transpunha o rio em Alcácer do Sal depois do que seguia por Valverde e Charneca, sempre a leste e a par da E. N. N.º 120. Aproximava-se de Grândola; Canal; Mina da Caveira – cujo minério, na época romana, afluía a Santa Margarida do Sado onde, em parte, era tratado, como mostra o seu escorial, e em parte seguia em embarcações. Ao depois da Mina da Càveria: Brunheira, Loizal Novo, marcos geodésicos de Faleiros e Cartaxo, Mal Assentada, Balça, Ameira, onde passava a ribeira de Campilhas; Alvalade. De todos os modos, Garvão, era lugar obrigatório de convergência.»
Mario SAA Pág. 232 e 233.
Miróbriga controlaria, pois, um vasto território que poderia ir até Sines, a Ocidente, pesem embora os achados que, nesta última vila, podem fazer equacionar a verdadeira importância desta localidade, em período romano.
A estreita ligação com esta cidade está, de certo modo, comprovada, porque em Miróbriga está atestada epigraficamente uma família que se encontra também em Sines (ENCARNAÇÃO, 1984: 230; ALARCÃO, 19852: 109). Essa inscrição a que se têm levantado muitas dúvidas (ALMEIDA, 1964: 12; ENCARNAÇÃO, op. cit., loc. cit.; RIBEIRO, 1982-83: 175) diz respeito a um homenageado cuja profissão poderia ser caudicarius (armador ou proprietário de embarcações) o que poria em relevo as actividades marítimas na região, e nomeadamente as do porto de Sines. A importância económica destas actividades teria permitido a Marco Júlio Marcelo exercer, em Miróbriga, as funções de edil e duúnviro (ALARCÃO, 1985: 110; ENCARNAÇÃO, 1996: 136).
Se bem que não sejam bem conhecidas, nesta zona, as modificações das linhas da costa que participam nas alterações das formações lagunares, é óbvia a sua mobilidade em todo o litoral alentejano (FONSECA, 1993: 11-28). A demostrá-lo é a representação na cartografia existente desta zona, dos séculos XVI e XIX, de uma curiosa lagoa, denominada comummente como «da Pera», que se desenvolveria até às proximidades de Santiago do Cacém. A confirmar-se a sua existência, poderia justificar-se a ocupação deste lugar, pois permitia um contacto directo, mas protegido, com o mar desde épocas remotas (BARATA, 1993, GTL).
Embora não sejam conhecidos vestígios romanos de actividades ligadas à pesca ou à salga de peixe nas proximidades das lagoas que se situam no actual concelho de Santiago do Cacém, vários vestígios arqueológicos localizados no município de Sines comprovam a importância das actividades piscícolas no litoral alentejano.
Admitindo-se assim uma certa continuidade na rede de relações urbanas pré-romanas e romanas, Miróbriga deveria, pois, ter funcionado como núcleo polarizador da região já na Idade do Ferro. A teia de relações entre Miróbriga e o porto de Sines, a Oeste; entre Miróbriga e as povoações a Norte (Salacia, Caetobriga?); entre Miróbriga e o Sul (Ilha do Pessegueiro, Porto Covo, Vila Nova de Milfontes e Odemira) e ainda entre Miróbriga e as zonas do interior, deveria ter-se reforçado com a dominação latina. Ficaria, deste modo assegurado, por um lado, o fornecimento dos produtos agrícolas e piscatórios à ciuitas e, por outro, o escoamento dos minérios de que é rica a região adjacente a Miróbriga, salientando-se o cobre e o ferro - Fot. 3.
II - A IDENTIFICAÇÃO DE MIRÓBRIGA COM
O LOCAL QUE ESTUDAMOS
Várias inscrições têm servido de base à identificação deste local com a Miróbriga dos Célticos de Plínio (ALMEIDA, 1964 e 1988: 22-23), não podendo a maior parte delas ser tomada em consideração ou, pelo menos, ter uma interpretação inequívoca (ENCARNAÇÃO, 1984, IRCP nº 149, nº 150).
Uma delas, proveniente da Herdade Francisquinho, freguesia de Santa Cruz (aprox. 4km de Miróbriga), se bem que tenha fundamentado algumas das teorias que permitiam identificar Miróbriga com o local agora em estudo, uma vez que o defunto se afirma mirobrigensis celticus, tem também levantado bastantes questões sobre a sua autenticidade[8].
A localização de Miróbriga na foz do rio Mira tem sido também admitida por alguns investigadores portugueses, nomeadamente pelos epigrafistas Cardim Ribeiro e José d’Encarnação, que coloca algumas dúvidas à correlação directa entre a inscrição do magistrado do Município Mirobrigense, encontrada nas proximidades, e o aglomerado urbano a que nos referimos - Fot. 4.
As fontes literárias, nomeadamente a referência de Plínio a um oppidum estipendiário (Nat. Hist. IV, 116) não nos permite, contudo, assegurar a localização exacta desse aglomerado urbano.
Por outro lado, também a ocupação pré-romana do local é mal conhecida. Nem designação de “Miróbriga Céltica” nos pode servir de referência segura sobre os povos que aí habitaram em período pré-romano, sendo designados pelos autores gregos e latinos como Celti várias gentes do tronco indo-europeu, sem que correspondessem, contudo, a um povo homogéneo, com uma comunidade linguística própria, claramente diferenciado dos seus vizinhos ou estanques à miscigenação com outros povos (KURTZ, 1995: 26; ENRÍQUEZ NAVASCUÉS, 1995: 65). Embora sendo relativamente unânimes em afirmar que a região compreendida entre o Tejo e o Guadiana era habitada pelos Célticos, pouco ou nada nos esclarecem, no entanto, sobre a sua distribuição, tipo de povoamento ou sobre o sistema social em que se inseriam, o que dificulta a compreensão da geografia política neste período (FABIÃO, 1992: 170).
Há ainda a acrescentar que em Miróbriga não são também conhecidos materiais arqueológicos que a possam inscrever inequivocamente nessa tradição cultural.
Contudo, o topónimo Miróbriga denuncia a possível origem“céltica” da ocupação sidérica do local, como se pode deduzir pelo topónimo terminado em “briga”.
Apesar de todas as dúvidas que se levantam à identificação de Miróbriga ou à sua ocupação pré-romana, parece-nos ser lícito, dadas as características do local e da implantação deste povoado fortificado, reconhecer-lhe um papel estruturante, desde períodos pré-romanos, no território compreendido aproximadamente entre a bacia do rio Sado e o mar.
[1]A equipa americana que trabalhou em Miróbriga refere a existência de uvas, figos, romãs, amêndoas e nozes. Quer Bernardo Falcão, no século XVIII, quer o Padre Macedo e Silva se referem ainda no século XIX à abundância de pomares na região. Na zona adjacente a Miróbriga existem ainda actualmente alguns pomares.
[2] Como aliás acontece ainda actualmente na região de Santiago do Cacém, que se admite pertencer à Formação Vegetal designada como Carvalhal da zona Húmida-Quente (CABRAL, Caldeira, 1960) dominada pelo sobreiro, azinheiro, carrasco, zambujeiro, pinheiro manso. Os arbustos que mais comummente se lhe deveriam associar são: o abrunheiro bravo, a murta, a urze branca, a roseira branca, a madressilva caprina actualmente rarefeitas devido aos trabalhos agrícolas e mesmo arqueológicos (FORTES, Mário, 1997: 10).
[3] Segundo informações da equipa luso-americana, foram encontrados carvões de carvalho e depinheiro, datando de período pré-romano (SOREN, 1983: 59).
[4] Durante a Idade Média, a grande propriedade continuou a caracterizar o território que teria pertencido à ciuitas de Miróbriga, tendo sido entregue, como tantos outros, à Ordem de Santiago que se encarregou de o povoar e desenvolver. Desde os primeiros documentos conhecidos sobre Santiago do Cacém, há uma referência constante a actividades ligadas à agricultura e à pastorícia, bases da economia medieval. A referência aos pomares desta região são também constantes. A partir do século XVII, são inúmeras as notícias referentes a essas actividades, acentuando a predominância da agro-pecuária que, ainda hoje, caracteriza o território. Data de 1763 uma regulamentação das actividades agrícolas. A produção de azeite e mel e a extracção e transformação da cortiça são aqui referidas como as actividades principais.
[5] Para este tema, poder-se-á também consultar os capítulos «Quadro Geográfico» e «Economia e Sociedade» da obra de M.V. Gomes e Armando Coelho F. Silva Proto-História de Portugal.
[6] «A faixa piritosa portuguesa estende-se por duas bandas grosseiramente paralelas, entre a região de Alcácer do Sal e a fronteira com Espanha, devendo ainda nela ser incorporada a Serra do Cercal (OLIVEIRA, Tomás e Vitor, 1996: 11). Segundo um levantamento feito por João Madeira e por José Matias, verifica-se que, nos arredores de Santiago do Cacém, são inúmeras as explorações mineiras ao longo dos século XIX, quer se tratem de ouro, prata, ferro, galena, cobre, entre outras. Em prospecções recentes com a participação da signatária foram também detectados inúmeras galerias mineiras relativamente próximas de Santiago do Cacém, desactivadas actualmente, mas às quais ainda não foi possível atribuir cronologia.
[7] Os recursos mineiros e agro-pecuários devem ter condicionado, desde a Idade do Bronze, todo o povoamento no Sul da Península Ibérica, processo que conduziu a uma complexificação económica e social e que culminou, durante a I Idade do Ferro, com o desenvolvimento de áreas acentuadamente comerciais ou entrepostos, muitas das quais fruto de presenças alógenas (GOMES, 1994:129).
[8] «Efectivamente se a análise paleográfica nos deixa algumas dúvidas, sabemos, por outro lado, que, normalmente, quando alguém morre na sua localidade de origem, não indica a naturalidade, seria desnecessário; por outro lado, sendo mirobrigense na sua própria terra, que necessidade haveria de especificar a sua qualidade de “céltico”? Além disso, tendo-se posto tanto empenho em fazer notar a naturalidade do defunto, não houve igual intenção de afirmar para a posteridade a sua condição de homem livre, indicando a filiação [...]. Poder-se-ia, pois, suspeitar da autenticidade deste monumento, eventualmente forjado com a intenção de bem especificar o nome da povoação cujas imponentes ruínas se encontraram em Santiago do Cacém» (ENCARNAÇÃO, 1984: 232-234). Jorge de Alarcão, não obstante, defende que não se pode tomar como «norma absoluta que a naturalidade não se indica quando alguém é homenageado ou morre na sua terra e que, inversamente, se indica sempre que alguém se homenageia ou enterra fora da sua terra natal» (ALARCÃO, 1985:105).
Cardim Ribeiro reforça a problemática referente à identificação de Miróbriga com este local, pois, embora ressalvando que a inscriVão de Miróbriga é “controversa”, continua a admitir que a «menção da origo numa inscrição funerária indica que o indivíduo nomeado faleceu e foi sepultado fora do territorium da sua ciuitas» (RIBEIRO, 19941: 80).
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IDEM, (coordenação Gentil Cesário) Vídeo «200 anos de Campanhas em Miróbriga»
IDEM, O Hipódromo de Miróbriga, Museu de Arte Romano de Mérida ..... (ver)
IDEM, 2009, O Forum de Miróbriga, "Ciudad y Forum", Museu Nacional de Arte Roman
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SILVA, João Cruz e, 1944, 1945 e 1946, “Apontamentos e Considerações sobre as Pesquisas Arqueológicas realizadas desde 1922 nos Concelhos de S.Tiago-de-Cacém, Sines e Odemira”, in Arquivo de Beja, I, II e III.IDEM, Concelho de S. Tiago de Cacem, Noticia Histórica, in Baixo Alentejo, p. 1065.
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VASCONCELOS, José Leite de, 1914, “Excursão Arqueológica à Extremadura Transtagana”, in O Archeologo Português, Vol.XIX, Imprensa Nacional, Lisboa.
VIANA, Abel, 1946, “A Arqueologia do Baixo Alentejo na Obra do Bispo Pacense, D. Frei Manuel do Cenáculo Vilas-Boas”, in Arquivo de Beja, III, 1-2, Beja.
VILHENA, A., 1938, Roteiro da Vila de S. Tiago de Cacém, Lisboa.
Para além da Bibliografia de Miróbriga, foram consultados os seguintes elementos:
ARQUIVOS CARTOGRÁFICOS TENDO EM VISTA UMA MELHOR COMPREENSÃO
DO TERRITÓRIO
DO TERRITÓRIO
Arquivo Histórico-Militar
Novissima et accurantissima/Regnorum/Hispanie et Portugallie/Mappa Geographica de Matthaus Seutter1678-1757
Comentário: Esta carta é muito interessante porque o rio Sado aparece representado como se fosse navegável até Melides e Alvalade.
Santiago do Cacém aparece situada na margem do rio.
Tratar-se-á possivelmente de um erro de representação cartográfica.
Le Royaume de Portugal et des Algarves
Século XVII
4.1-17308-AV III
Partie Méridionale du Royaume de Portugal
1751
4.1-17991-AV VI
Mappas das Provincias de Portugal, novamente abertos e estampados em Lisboa
1762
4.2.1-Alentejo-123- AV I
Carta Militar das Principais Estradas de Portugal
Lisboa, 1808
Segundo Romão Eloy de Almeida
4.1-1547-AV. II
Comentário: Esta certa, cuja cópia se encontra em exposição, apresenta a Lagoa
de Pêra com dimensões enormes, indo praticamente até S.Tiago do Cacem.
Estão ainda representadas ligações viárias a Santo André, Melides, Comporta, a
Norte, a Sines, a Oeste, e ao Cercal, Vila Nova de Milfontes e Odemira, a Sul.
Nova Carta Militar do reyno de Portugal com Estradas, Montanhas e Rios
Londres 1810
(por Elliot)
4.1-5.AV I
Comentário: A Lagoa de Pêra está representada.
Carta Civil e Militar de Portugal e de Hespanha
(Folha 3)
1824
3-16510/1 a 6
Comentário: A Lagoa de Pêra está representada, mas quase não é perceptível,
comparando com outros mapas da mesma altura.
Carta Geral dos reinos de Portugal e Hespanha
(Para servir de esclarecimento à História de Guerra da Península),
por Simão José da Luz Soriano
3-AVI-7(8.1.4)
Mapa de Espanha y Portugal
Publicado y de la Propriedad de Diego Peñuelas
3-5050-A VII
Comentário: Está representada a ligação a Sines, a Grândola e ao Norte.
Mappa dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha
1898
3-17655-AV III
A new Map of Spain and Portugal,
Exibiting the chains of mountains with their passes, the principal & cross roads,
with other details.
London, 1910
3-2319-AV II
Comentário: Está assinalada a ligação a Sines e caminhos que ligam Santiago
do Cacém para Norte e para Sul.
The King doms of Spain & Portugal
London 1811
3-3853 (Armário Metálico)
Nova Regni Portugalliae et Algarbiae
4.1-17308-AV III
Nuevo mapa de España y de sus Colonias
Editor en Bruselas, Irun
1889
Comentário: Santiago do Cacém aparece representada junto a uma cordilheira
montanhosa.
Carta Agrícola
Direcção dos Serviços da Carta Agrícola.
Direcção Geral de Agricultura, 1910
4.5-18597/1/2
Costa Oeste de Portugal
Missão Hidrográfica da Costa de Portugal, 1927 e 1928
18578/5 Pasta VII
Descrição do Reino do Algarve e descrição do Reino de Portugal
5.5-18894/1 e 2.
Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenharia Militar
Carta Geográfica de Portugal
Londres, 1762
4096-2A-24A-111
Comentário: Está assinalada a Lagoa da Pêra.
Carta Geográfica do reino de Portugal
Reinado de D. José, 1763
4072-4-48-60
Mapa ou Carta Geográfica dos Reinos de Portugal e Algarve
Londres, 1790
4067/I-2A-29-41
Carta Esferoidica dos Pontos mais notáveis da Costa de Portugal
1799 e copiada em 1826 pelo Real Archivo Militar
4100-2A-24A-111
Mapa Geographico do Reino de Portugal
2ª Divisão Militar
Autor: José Maria Neves Costa
Finais do Século XVIII
4062-4-48-60
Comentário: Não estão praticamente assinalados percursos que liguem a
Santiago, porque não deveria ter grande interesse do ponto de vista militar.
Carta Militar de Portugal,
1808
4093-2A-24A-111
Mapa Chorographico do Reino
1809
9959-1-7A-95
Carta Geographica de Portugal, Divisão Territorial, Administrativa e Judicial
1837
4094-2A-24A-111
Comentário: Estão representadas duas pequenas lagoas interiores perto de
Santiago do Cacém.
A rede viária liga a S. André, a N., Sines, a W. e Cercal, a S.
Carta Topografica da Província do Alentejo
nº 503-1-4-7
O papel é de 1838 e, portanto, a carta é posterior a essa data.
Comentário: A Lagoa da Pêra aparece representada.
Carta de Divisão Administrativa
1863
nº 4080-4-48-60
Comentário: Em 1863 Alvalade do Sado já não é sede de concelho e pertence a
Aljustrel.
Carta Geographica de Portugal
Filipe Folque (Geral Conselheiro do Reyno)
1860-1865
4100/A-4-48-60 e 10516-2A-28A-79
Comentário: É o primeiro levantamento exaustivo do território. A Lagoa da
Pêra já não aparece representada.
Carta Geológica de Portugal
1876
Direcção Geral dos Trabalhos Geodésicos (Carlos Ribeiro; Joaquim Filipe
Nery Delgado)
4081-I-4-48-60
Nota: Santiago do Cacém é assinalada no centro de um enclave jurássico lias, com rochas calcárias e afloramentos xistosos.
Esboço de Carta Geográfica
(sem data nem autor)
4073-4-48-60
Carta Agrícola-mineral
1892
4076
Carta Agrícola de Portugal
Direcção Geral de Agricultura
1890/1891 - Direcção da Carta Agrícola, publicada em em 1893
Col. 4075-4-48-60
Doc. 6606, 6607, 6608
Comentário: Do século XVIII ao século XIX há uma complexificação dos
percursos de acesso a Santiago. Nas cartas anteriores ao Terramonto quase não
há ligação a Santiago.
Levantamento Geográfico de Portugal
4078-4-48-60
Carta Geographica de Portugal
1894
4079-4-48-60
Comentário: Nesta carta a Lagoa de Pêra já não está assinalada
Carta Geológica de Portugal
1899
4081-II-4-48-60
Carta nº 4083/II-2A-29-41
Serviços Histórico-Militares
Serviços Cartográficos do Exército
Levantamentos aéreos:
1943 - Fiada C, Foto 3, Filme 40 1/16.000
1947 - Voo da RAF
1953-54 - 1/40.000 (até Sines)
1958-60 - 1/26.000 (Santiago do Cacém e Ruínas)
1969-70 - 1/25.000
Cartas Publicadas:
1945
1989, folha 516; 1/25.000
Serviços Geográficos e Cadastrais
Serviços Geológicos de Portugal
Biblioteca Nacional
Mappa de Purtugal e Castella, parte
do engenheiro Militar João Tomás Correia
Inícios do século XVIII.
B.N.L., Iconografia, E 762
Cartografia existente no Museu de Sines:
Les Estats de la Couronne de Portugal en Espagne
1693 (?)
Hispaniae Antiquae Tabulae
1641
Nota: Miróbriga aparece assinalada.
Portugalliae ……
1600
Nota: A Lagoa de Pêra aparece representada até Santiago do Cacém.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Livro dos Copos (fol. 53)Alegação feita no tempo de D. Dinis
51/Liv. 272 C.F. 158
“Carta de Foral” de D. Dinis de 1323.
(Cópia do Documento Nº 9, Maço 8 da Gaveta 14 que se fez por ordem do
Guarda Mor deste Archivo para milhor inteligencia do seu original. Lisboa10
de Julho de 1773).
- Carta de El Rey D. Afonso 4º porque confirmou os Privilegios da Villa de S.
Tyago de Cacem, dada em Evora a 20 de Abril. Era de 1363.
- Carta Del Rey D. Fernando porque confirmou aos moradores de Santiago de
Caçem os privillegios que lhes avia concedido El rey seu Pay.
Dada em Lisboa a 23 de Julho, era de 1406
O original está na Gaveta 14, Maço 3, doc. 28.
- Maço 11 dos Forais Antigos, nº 6
de 20 de Novembro de 1477
- Forais Novos do Alentejo/Tejo e Odiana
F. 36 V Col.2
- Licença de El Rey D. Diniz ao seu conselho para uzar dos seus privilegios.
Gaveta 14, Maço 8, nº 9
1295
- Livro III, folha 132 da Chancelaria de D. Dinis
Carta de Declaração aos artigos sobre os danos dos seus sobrais e azinhais.
- S.Thiago de Cassem - Confirmação de Privilegio por
El rey D. Affonso 4º e D. Fernando
Gaveta 14, Maço 3 e nº 18; nº 28 (20 de Abril de 1325 e 23 de Junho de
1368)
CHªs Antigas da Ordem de Santiago
Assento que consta passarse cart. De Tabelião da dita Villa a Alvaro Pires
de 31 de Janeiro de 1477
Livro 1 de Suplemento 7 V.
- Carta de Escrivão dos Orfaos desta Villa a Alvaro Pires.
De 30 de Janeiro de 1477.
- Carta de Escrivão de Almotaçaria da dita Villa a Diogo Pires.
De 31 de Janeiro de 1477
Livro 1 de Suplemento. Folha 8 V
- S. Tiago de Cassem, Collos e etc.
Cart. Que determina a demarcação de limites dessas villas, e que se cumprisse. De 22 de Junho de 1487. Livro 3 de Suplemento, 141 V.
- Carta de Mercê da renda do Moinho do cabo no Termo da dita Villa a D. Henrique Henriques.
De 25 de Maio de 1477.
1 do Suplemento. Folha 45
- Carta de Aprezentação do Privado da Igreja da dita Villa ao Pe. Luiz Pires.
De 8 de Setembro de 1477.
Livro 2 de Suplemento 73 V.
- Assento que consta passarse cart. De Escrivão da Camara da Villa a Mendo Rodrigues.
De 26 de Janeiro de 1477
Livro 1 de Suplemento, F. 11
- Carta de Doação desta Villa a Pedro Pantoja com a faculdade de a poder
nomear em hum de seus filhos.
De 25 de Setembro de 1477. Livro 1 de Suplemento.
Folha 74 V.
- Assento porque consta passarse Carta de Tabellião do Judicial e Notas da dita Villa a João Fernandes.
De 28 de Junho de 1485.
Livro 2 de Suplemento. Folha 44
- Carta de Tabelião do Judicial e Orfão da dita Villa a João Rodrigues
De 29 de Novembro de 1485.
Livro 2 de Suplemento. F 53 V.
- Carta para que Pedro Pantoja lograsse as rendas da dita Villa de que era Senhorio recebendo primeiro o habito da Ordem.
De 1486. Livro 3 de Suplemento. Folha 126 V.
- Assento por que consta se passou Cart. De Juiz dos Orfaos das ditas Vilas a Pedro da Silva.
De 10 de Agosto de 1495.
Visitações da Ordem de Santiago
Visitação de 1518 à Igreja de Santiago, Livro 167.
Conventos Diversos da Ordem entre elas Cacém
Livro 192, 1546
Conventos Diversos da Ordem de Santiago. Tombo de propriedades das Vilas de Sines e Santiago.
Livro 238
Corpo Cronológico, parte II, Maço 3, nº 23
Sentença de 1 de Agosto de 1500
Chancelarias de D. Manuel
Livro 1 de Guadiana, Folha 50
Livro 25, fol.79 e Liv.7 do Guadiana
“ A Tereja Lopez, sobrinha de dona Catarina, molher que foi de Pº Pantoja morador na Villa de Santiago”
Livro 29 de Guadiana, Folha 4
Por seu Commendador Affonso Pires Pantoja: sentença a favor de El Rey sobre jurisdição.
Gaveta 10, Maço 9, nº 8
Agosto 17, 1537
Comentário: Em toda a documentação acima referida não há qualquer referência à antiga cidade de Miróbriga. Nem nas “Visitações” da Ordem de Santiago que tivémos a oportunidade de consultar se encontrou qualquer anotação sobre o assunto.
No entanto, ela é extremamente útil para poder comprovar o tipo de recursos existentes, fundamentalmente os agrícolas e pecuários e a forma como a propriedade se organizava ao longo da Idade Média, que, a alguns níveis, não difere radicalmente do que seria no período romano.
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