quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Trajes tradicionais: O Alentejo








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Da constância do trabalho, como valor de referência, da exigência da qualidade como uma urgência para o crescimento, não posso deixar de destacar as obras de Cristina Duarte, de que já dei destaque noutro lugar.

Aos CTT, pela belas obras que têm vindo a editar, também os meus parabéns.



No entanto, centro-me agora neste livro : Trajes Tradicionais. Pelo que representa de recolha documental e de imagens, pela análise sociológica que a autora faz ao tema trajar, já recorrente no seu vasto trabalho publicado: «Para além da língua, o ser humano comunica através de toda uma gama de sinais, e cada peça do seu vestuário "serve para", ou "diz qualquer coisa", inserindo-se no complicado mundo da comunicação não verbal», usando as palavras de Cristina Duarte.


Trata-se de um belo livro e de um livro belo, juntando a cor que a diversidade portuguesa e seus particularismos regionais dão ao vestuário, com o preto das palavras bem talhadas, bem drapeadas, tal forma de (re) vestir o que se veste, porque é também a linguagem do sentir, do estar e do trabalhar.


Ao Além-Tejo dedica a autora um capítulo do seu livro: para as mulheres e homens do campo vai a sua homenagem, podendo, de fundo, imaginar-se o cante das planuras!

À festa, como lugar de encontro, de comunhão de rituais e de afectos, traz o traje, também, a sua forma diversa de se expressar.

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Mas ao trajar do Alentejo voltarei, quer o do campo, quer ao dos capotes, samarras ou os "pelicos", esses casacos de pele de borrego de N. Sra. Machede, e às botas de carneira, sejam as de Álcacer, do Vimieiro ou de Alter, como me aconselhou PP.

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Parafraseando Oliveira Martins na sua História de Portugal :

«Quando (...) ouvimos o tilintar alegre das campainhas e guizos nas coleiras dos machos - é o caseiro, que a trote largo, com a cara redonda e alegre, o ventre apertado nos seus calções de briche preto, vai à feira de Vila Viçosa em Maio, ou à de Évora em Junho, tratar dos negócios da lavoura. A distância, vem o areeiro no seu carro toldado, guiando a récua de machos carregados de odres de vinho; logo o pastor com o guarda-mato de pele de cabra, o cajado ao ombro, conduzindo as ovelhas, a vara de porcos, gordos como texugos, ou a boiada loura de longas hastes».

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